janeiro 04, 2011

Me doeu todos os dias o medo de que percebesse.
Que se conseguiria passar uma semana sem mim,
passaria quanto tempo fosse.
Saber que encontraria com quem rir, com quem beber, com quem conversar.
Sei que só sente em paz nos meus braços,
mas já sentiu isso com outros,
outros que nem tem mais importância alguma,
então talvez eu seja você só por agora.
Que você encontrará um outro alguém que te de paz,
encontrará alguém que te de a mão quando precisar,
que te tire dos seus poços.

Imaginar tua felicidade longe de mim me doi todos os dias, feito uma bofetada.
Você se envaidece dos meus sentimentos feios, mas não posso te culpar.
Se assim sou egoísta, que eu aceite também o que tiver a me mostrar.

Não te culpo também por sentir pelas palavras que falo,
por não saber dosar as minhas nem as tuas verdades.
Dou-me a você na minha forma mais pura de sincera simplicidade,
mas entenda se eu chorar,
se eu me esquivar,
se eu preferir um grito a uma conversa
se eu ferir,
se eu mentir, omitir, reclinar.
Entenda que eu escondo meus medos, minhas dores, meus receios, meu puritanismo pra que você ainda se sinta plena ao meu lado.

Eu sou inteira e infinatamente sua,
então aceite meus monstros.
Que ao abrir todas as portas e quebrar todas as paredes,
você também terá de conviver com o que tem de feio dentro de mim.
Que existe, se esconde atrás de flores, mas é real.

Preciso que me queira inteira também.
Que aprenda a hora de me abraçar, e a de brigar comigo.

À nós, presentes com amor,
fé e paciência.

Te amo.

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