agosto 13, 2011

Essa é uma daquelas horas em que gostaria de saber desenhar,
porque as palavras me faltam.
Que fosse música, escultura, pintura, um grito,
desfazer-me do martírio, desfazer-me.

O coração na mão,
sangrando, sem forças,
mas o pulso ainda pulsa.
o impulso.

Amorfo e mofo.
A mente se confunde.
Só o espírito, manifesta.

Manifesto sem sentido,
a esmo, eu sigo.
Há de ter um porto,
desses que sempre acreditei,
sem desejar.

Esse que encontrei,
e onde afundo.

Esse que ancorei,
hoje sou âncora.

O peso no corpo, é memória,
o peso na mente, peso morto.

As culpas, foram tantas,
nem desculpa cabe mais,
o perdão é banal,
café quente de toda manhã,

alimento da gastrite,
úlcera na alma.

Dor que cicatriza, não fere mais: perdão.

Esperei, acreditei, mais uma mentira.

Mais uma,
aditiva,
mais uma dose, mais um perdão,
mais uma briga, mais uma ferida,
mais um dia, um dia a menos.


Outono que venha,
Outro ano, que venha.

Além,
que sobre fé e paciência
à nos, presentes com amor.