novembro 17, 2009

"e ir para onde o vento for,
que pra nós dois sair de casa já é se aventurar"

Sento na areia branca,olhando pro mar,
Conto o tempo das ondas quebrarem,pra evitar os pensamentos.
Alguém se aproxima,abaixo os óculos,abro a cerveja.
Digo que esta tudo bem,e esta.Tudo anda tão lindo,
tudo indo, encaminhado para que.
Os cachos se misturam na areia da praia,queria ver o por-do-sol,
mas não tem sol, nem chuva,acendo um cigarro,com aquele mesmo isqueiro,
me lembro dos dias no bar,um professor falando na sala,e todos bebendo,
quando não precisavamos de motivo para comemoração.
Não dá para contar as nuvens, então voltam os pensamentos.
Semana que vem eu volto,retomo, abandono, recrio,queria saber.
Te direi saudades,contarei velhas verdades,que sozinha eu sou eu demais,
e que seja medo,dê o nome quiser.O que assusta não é mais a solidão,
sorrir sozinha.
Penso em quantas vezes presenciei loucura,quantas vezes encontrei quem as visse,e aceitasse.
Que o motivo das despedidas foram menoresque eu, que nós,que os erros.
E essa linearidade,que fiz questão de entender,hoje vejo de fora,
e não sei se sinto falta.Já não sei mais se sinto.Sei que estou bem,
completamente.
E se a semana que vem não vier,se for adiada para uma véspera de feriado,
te direi da alegria,sem saber dizer das verdades.