O elogio se esconde em miudezas,
um beijo reconhecendo uma ação,
um bilhete,
uma escolha de presente,
uma frase bonita fora de contexto.
uma supresa pra meses depois.
A crítica não, essa vem escancarada,
e nos enfia um tapa na cara,
que é pra ferir o orgulho, não o corpo.
As palavras doces são tão facilmente esquecidas,
já o desapontamento persegue.
Não se esquece a palavra dita quando alguém lhe enfia o dedo na cara e diz que não gostou, que não quer, que deve ser de outro jeito.
E de que jeito continuamos nossas torturas?
Trocamos beijos, trocamos afetos, trocamos carinho,
trocamos o melhor da gente,
pra colocar a cabeça de noite no travesseiro e só lembrar da aspereza, da dor minuciosa e nos dilaceramos amiúde.
De pouco adianta limpar a alma se ela continuar em branco,
a cor faz falta, qualquer cor que seja, flicts que seja, uma cor feia que seja.
mas que seja.
Atraiçôo minhas velhas convicções procurando o ponto certo de me instalar.
Renovo minha morais pra entender o moralismo que sinto em mim.
De pouco adianta uma mente cheia de idéias, uma alma cheia de esperança, um coração repleto de pureza,
se eu não sei amar.
Não aprendi,
e o tempo escorre pelos meus dedos,
colocando no meu caminho, feito pedras,
minhas falhas;
Freqüentemente tropeço,
repouso no tombo procurando o que me prende ao chão,
ainda que longe dos abismos de mim.
De qualquer forma e de que forma seja,
prossigo, prosseguirei.
Um dia tomo jeito,
e aprendo, seja como for,
que seja sempre amor.