abril 11, 2009

E pela primeira vez, depois de três semanas,
escorreu no meu rosto uma lágrima tua.
Essa noite sonhei com você,
com seus amigos,
com o seu ponto de ônibus,
e você me dizia, parado ali esperando,
o quanto gostava de ser assim,
de ter virado o que virou,
e não poeira.
Espero você me dizer isso, em realidade,
se é o que queres, quem sabe,
mas irá me dizer assim: manso, sereno: gosto de sermos amigos.
Não chorarei mais,
não por dentro,
não por você.
Que talvez isso que pareça um erro seja só mais uma porta fechada,
e pouco importa que as janelas estão todas emperradas.
Pro inferno essas malditas portas e janelas!