novembro 24, 2010

Preciso.

Não sei ao certo quando me dei conta de que.
Não foi quando te disse, isso eu sei.
E se foi bem antes?
Quando te reconheci entre centenas,
e não, o coração não acelerou, não senti uma vontade insana de te abraçar,
mas eu sabia que era você.
Assim como sei hoje, e repito sem reclinar, que é você.
Eu não fui surpreendida,
quando me vi já completamente perdida pelo seu caminho
não foi surpresa, foi só uma dessas certezas que me cercam quando o caminho é até você.
Então eu fui, por esses caminhos de dentro de você que me levavam até você,
com pressa de conhecer tudo, enquanto caminhava segura pelo novo.
Então você veio comigo,
e fomos por outro caminho,
por esse que por tempos evitamos dizer,
talvez evitado sentir?
Por esse que não ousamos dar nome,
até que pareceu inevitável.
Ainda acho que não é isso, que não é só isso,
te digo amor por não saber dar nome a mais.
É mais que amor,
dizer te amo é muito pouco para o tanto que sinto.
Sei que quando cruzamos nossos olhares temos a mesma certeza,
que você sabe o que é tanto quanto não sabe explicar.
Que você sente o que eu sinto,
o dobro, o tudo, o infinito e o impossível.