janeiro 10, 2011

Quero a cidade que nunca dorme.
Quero a chuva que molha e não adoece.
Quero o sol brilhando o cabelo e reluzindo o olhar.
Quero o por-do-sol.
Quero o pudor guardado à sete chaves na gaveta.
Quero o sorriso sincero, e gargalhada que dói na barriga.
Quero o trovão para que aperte minha mão.
Quero a musica pra cantar bem alto, gritado.
Quero a fome.
Quero sacia-la.
Quero a sede e quero a água.
Quebro abraço sem medo de soltar.
Quero não soltar.
Quero o som do violão e do mar batendo nas pedras.
Quero acordar as onze e dormir as dez. da manhã.
Quero brigar pelo ultimo pedaço de pizza.
Quero pintar as paredes com poesia pura.
Quero a felicidade estampada.
Quero a vontade escancarada.
Quero a paz do silencio.
Quero ventos no cabelo.
Quero mãos dadas na beira da praia.
Quero dar a mão pra subir na montanha.
Quero tua voz e teu sono.
Quero tua roupa amassada, tua cara lavada.
Quero teu cansaço, seu abraço.
Quero tua culpa, teu perdão.
Quero tua pele nua.
Quero tua verdade crua.

janeiro 04, 2011

Me doeu todos os dias o medo de que percebesse.
Que se conseguiria passar uma semana sem mim,
passaria quanto tempo fosse.
Saber que encontraria com quem rir, com quem beber, com quem conversar.
Sei que só sente em paz nos meus braços,
mas já sentiu isso com outros,
outros que nem tem mais importância alguma,
então talvez eu seja você só por agora.
Que você encontrará um outro alguém que te de paz,
encontrará alguém que te de a mão quando precisar,
que te tire dos seus poços.

Imaginar tua felicidade longe de mim me doi todos os dias, feito uma bofetada.
Você se envaidece dos meus sentimentos feios, mas não posso te culpar.
Se assim sou egoísta, que eu aceite também o que tiver a me mostrar.

Não te culpo também por sentir pelas palavras que falo,
por não saber dosar as minhas nem as tuas verdades.
Dou-me a você na minha forma mais pura de sincera simplicidade,
mas entenda se eu chorar,
se eu me esquivar,
se eu preferir um grito a uma conversa
se eu ferir,
se eu mentir, omitir, reclinar.
Entenda que eu escondo meus medos, minhas dores, meus receios, meu puritanismo pra que você ainda se sinta plena ao meu lado.

Eu sou inteira e infinatamente sua,
então aceite meus monstros.
Que ao abrir todas as portas e quebrar todas as paredes,
você também terá de conviver com o que tem de feio dentro de mim.
Que existe, se esconde atrás de flores, mas é real.

Preciso que me queira inteira também.
Que aprenda a hora de me abraçar, e a de brigar comigo.

À nós, presentes com amor,
fé e paciência.

Te amo.